-Quem é o dono deste blog maluco?
-Ei, cara, entra aí e descobre.
-Pôxa, que falta de educação!
-"O caminho do excesso leva ao palácio da Sabedoria."
-Saquei. Até mais!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

INFESTA LEVITAS



Um imponente castelo ruiu.

Os velhos passaram e o observaram,

os pássaros, principalmente os melros,

giravam os olhos e emitiam trinos tristes.

Mas três demônios azuis que acompanhavam a cena

cumprimentavam-se e sorriam.

Pensei em chutá-los dali, aqueles patuscos de pés chatos.

Lembrei-me, no entanto, da eterna promessa da interfusão de todas as coisas

e fui dançar com eles, enquanto o dia evoluía cinemascopicamente.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

QUEM SOMOS...?


SOMOS...
Somos um sem-número de condições que se interligam, constantes que se manifestam em épocas determinadas para reformular as alternativas a serem seguidas.
Somos a objeção suprema e a concordância suprema.
Somos a polêmica exigência de ligação entre a causa e o efeito.
Somos a ausência de algo diferente entre o presente o passado e o futuro. Somos o racional elevado à categoria de interlúdio.
Somos os ditadores do fluxo de mudança e o organismo composto por sujeitos e predicados que nunca se tocam.
Somos o diferente e os aspectos igualitários do diferente.
Somos o descobridor e a terra descoberta.
Somos a aspiração e o sonho da aspiração.
Somos o resultado do evento avassalador e o frágil homem que é sua vítima.
Somos o espanto diante da incoerência, e a coerência nascente desta.
Somos o lugar onde todas as contradições recaem infinitamente na irmandade entre observador e observado.
Somos a superfície sem parâmetros que está entre o nosso conhecimento e o conhecimento do outro.
Somos a inexistência de fator comum e o desejável conflito perceptivo do um contra muitos.
Somos a habilidade de julgar e o julgamento baseado em valores que se interceptam multiplamente num ponto único.
Somos o centro que estabelece as categorias e a mão que as suprime em nome de uma corrente de mudança.
Somos o véu e o que ele oculta de si mesmo.
Somos a visão e o que ela vê com relutância.
Somos a janela comum ao tempo e ao espaço.
Somos os recessos interiores das forças construtivas, destrutivas e preservadoras.
Somos o coeficiente de ação e de repouso do universo.
Somos a sublimação do autoconsciente e o terror que daí vem.
Somos o obstáculo para o começo e o frenamento para o fim.
Somos a causa provável que originou as possíveis interpretações destoantes que mantêm todos os processos ordenados infinitos sob controle.
Somos os fragmentos de uma teologia que tomou por objeto de estudo as aberrações e consagrou o real como matéria agnóstica.
Somos os alienígenas que geraram a si próprios.
Somos a gênese da ortodoxia e do paganismo, indivisível e imaculada.
Somos a catedral absurda onde as figuras santas são as estrelas e os planetas.
Somos o cálice que contém os análogos líquidos de Deus e do Diabo.
Somos os sete sentidos do universo.
Somos a conexão pragmática entre existência e inexistência.
Somos a pureza infinitamente tentada por si mesma.
Somos a paleta que só tem duas cores: o caos e a ordem.
Somos o lapso onde o alfa e o ômega se tocam.
Somos o leito de amor do um e do zero.
Somos a hora em que se servirá a luz ao corruptível e ao incorruptível.
Somos o hiato invisível entre o dia e a noite.
Somos os pastores de luz e de trevas.
Somos o portal para o jardim exterior.
Somos a agenda em que toda regularidade é negada.
Somos o dogma do proscrito e a tábua de salvação do pecador, e o contrário.
Somos o mestre e o discípulo que nunca se encontraram
Somos a floresta da ilusão, o delicioso fruto, o mel puríssimo, a flor odorante, o incenso que não se consome, a romã e o pêssego que não ressecam...............................................................................................................

sexta-feira, 27 de março de 2009

um poema barroco

O mar é amargo, como amargo é o amor,
Abismar-se no amor é comum, como o é no mar,
Nem o mar nem o amor são livres de temporais.

Quem teme as águas que chegam às margens,
Quem teme os males de que sofrem os amantes,
Não se deixe enlevar pelos apelos do amor,
Que de qualquer modo serão caso de naufrágio.

A mãe do amor teve berço nas águas,
E se o fogo surge do amor, a mãe deste no oceano nasceu.
Mas as águas contra o fogo amoroso são de todo inúteis.

Se pudesse a água extinguir a tocha ardente do amor...,
O amor teu que me queima é tão doloroso,
Que é como se, para extingui-lo, eu tivesse um mar de lágrimas vertido.

Pierre de Marbeuf

quinta-feira, 5 de março de 2009

op art, afinal.

cultura op é a cultura baseada na op art,
ou seja,
no uso artístico de ilusões ópticas
para bagunçar a percepção do observador.
pop-p=op !
po=p-pop !

interessante:



























sobre tudo= acima de tudo

sobre tudo= a respeito de tudo

sobretudo= casaco usado pelos homens sobre a roupa, como proteção

contra frio e chuva

sobretudo= principalmente, especialmente



legal, né?
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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Um amigo meu, que é o rei da cultura pop, disse-me uma vez:felix, você é o rei da cultura op. O que é op, afinal?

SOBRE TUDO


Olá, amigos!