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sexta-feira, 27 de março de 2009

um poema barroco

O mar é amargo, como amargo é o amor,
Abismar-se no amor é comum, como o é no mar,
Nem o mar nem o amor são livres de temporais.

Quem teme as águas que chegam às margens,
Quem teme os males de que sofrem os amantes,
Não se deixe enlevar pelos apelos do amor,
Que de qualquer modo serão caso de naufrágio.

A mãe do amor teve berço nas águas,
E se o fogo surge do amor, a mãe deste no oceano nasceu.
Mas as águas contra o fogo amoroso são de todo inúteis.

Se pudesse a água extinguir a tocha ardente do amor...,
O amor teu que me queima é tão doloroso,
Que é como se, para extingui-lo, eu tivesse um mar de lágrimas vertido.

Pierre de Marbeuf

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