-Quem é o dono deste blog maluco?
-Ei, cara, entra aí e descobre.
-Pôxa, que falta de educação!
-"O caminho do excesso leva ao palácio da Sabedoria."
-Saquei. Até mais!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

ONEE-SAN

Triste Belém, que tens fado

De ter brutos governantes

Estás de novo como dantes

Metida nas mãos de um safado.

Pouco interessa quem te tenha a rédea

Pouco será feito, há muito por roubar

Dos falsos e ambiciosos és o lupanar

Podre condado da imorrente Idade Média.

Que dirá de teus pobres filhos

A crescer das privadas do caos,

Os fetos a feder, maltrapilhos?

Retorna o macaco simão, sim!

Tão fácil como de outro tempo infeliz,

Pois és, triste Belém, tão fracassada assim. . .

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Obras do mundo, malfeitas, desumanas

Têm jeito doente, face desenganada,

De falsa nobreza bosquejada,

Inspiram medo, de tão insanas!

Os inocentes perecem por primeiros

A razão cava um sepulcro fundo.

Para cada sábio moribundo

Se erguem dez poltrões prazenteiros.

Todos tomados já, nossos caminhos

De espinhos cruéis e venenosos,

Plantados a mando dos poderosos

Pelos ignorantes em seus próprios ninhos!

Nada vale consultar oráculo antigo,

O obscuro fim da sabedoria

É este buraco no nada, amigo:

O que restou-nos da azul esfera?

Nossa burrice nos fez transmudar

Num peido no espaço o que era a Terra!!

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teus olhos são frios, irmã mais velha.

fitas-me silenciosa.

tens coragem de aguardar o último momento?

eu era jovem, lembra? como poderia te amar?

não reages a perguntas, nem mandas notícias.

mas sei que não ignoras que estamos ligados

à mesma Roda que as estrelas.

indócil irmã mais velha, os tempos eram lindos com você,

pois tinhas olhos de mulher, não de esfinge.

se há uma coisa que não é engraçada, é o relógio. Tudo move, sem se mexer, sem querer. A Eternidade gira sem saber.

Irmã mais velha, vens me ver?

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