mil sonetos dissolvidos,
sonhos em que me detive.
chocolates sem gosto, roídos
reflexos do que nunca tive.
neves obscuras chamas incolores
raios vestidos de cristal hialino
aqui tudo é aparente, nada é divino
a dor suspira pelas pétalas de flores.
a sentença aguarda pelo céu
a consciência impudica deságua
no verde mar de límpido véu.
o casarão antigo que habita a mágoa
aos poucos escorre pelo rochedo;
Abro as janelas e foges, Eu, com medo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário