à fonte que jorra
água perfumada
pela nua e bela
jovem guardada
no sedento fim
da deserta estrada...
pela noite eu lá cheguei,
espada, força e vontade quebrada.
bebo o líquido azul
a donzela me fita
com demorados olhos
de mesma cor.
suas enluaradas tranças
e sua clara e rosa pele
despertam em mim
outro tipo de sede...
mas contenho-me e
ela se afasta, sorrindo.
saciado mas exausto
durmo e sonho
com um vermelho
e negro cisne, que me diz
“fizeste bem”.
mas quando acordo,
o sol surgindo,
a fonte azul desapareceu
e estou à porta, Amor,
do teu castelo.

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