poeta é quem não sabe dizer
leitor é quem teme entender
ignorantes e medrosos somos de nós mesmos
alienados, esconjurados.
vigiamos o impérvio infinito...
que é infinito?
e impérvio?
a onda chega e varre tudo, até
o último grão de Arquimedes.
somos os únicos em auto-extinção.
um conceito auto-voraz,
auto-vomitante.
eu, não sinto perda quando escrevo, não sou desdenhoso,
apenas...fugaz.
parte de uma natureza deslumbrada
afogada em si mesma, descontroladamente consciente,
a linha que a pena escreve quando a tinta acabou.
mas pelo menos não sou ameaça às rosas, gatos e baleias jubarte.

Nenhum comentário:
Postar um comentário