-Quem é o dono deste blog maluco?
-Ei, cara, entra aí e descobre.
-Pôxa, que falta de educação!
-"O caminho do excesso leva ao palácio da Sabedoria."
-Saquei. Até mais!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

miragem fantasma auto-referente



em outro universo o maligno Felix Albus
planeja dominar tudo e todos
com seu blog hipnotizador...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

pneuma


há pessoas que não envelhecem...
na rua, nas repartições públicas,
perdidas em salas de aula, praias, montes.
Conheço uma ou duas, perenes,
infantis, que o tempo não tocou.

não tento explicar isto
com lógica simples.
eles vivem um sonho
inacessível, num oásis
cronológico.

difícil de admitir.

contento-me com escrever
estas leves poesias sem duração, tão
opostas ao mármore, monumentos,
pirâmides.

A alma não é uma idéia,
é esta coisa que me perturba,
círculo e quadrado a um tempo.

uno e múltiplo não são alternativas,
é nenhuma das anteriores.

terça-feira, 26 de abril de 2011

quando éramos super-heróis

SABE ... AINDA ACHO QUE SOMOS SUPER-HERÓIS.

domingo, 24 de abril de 2011

lembrança dos tempos em POA


recordação dos tempos em
que estudei no CMPA-Porto Alegre, na década de 80.
a tira foi criada pelo aluno Madruga,
baseando-se nas características físicas e 
na personalidade de seu amigo, o aluno
1984
(não podemos dizer seu verdadeiro nome) 

fantasma da páscoa


fantasma da páscoa
tua mórbida silhueta
flutua por minha casa
altas horas da noite

deixas pequenos
fios de prata onde tocas
eu finjo dormir
até o momento que
vens puxar o meu pé.

não és coelho
nem anjo
levitas no ar parado
tua mão é gelada
não trazes presentes.

levanto como Drácula
do caixão e grito:
pega!
ninguém me ouve,
mas tens um piripaque
e morres de susto
...de novo.

verdades da semana santa


sábado
à noite vejo no céu
um desmonte de estrelas,
um candelabro caído de
névoas multicores

não penso nas verdades
da semana santa,
e a brisa surfa os pingos de chuva.

hoje é domingo,
amanhece feio e frio

sei que tenho muitas virtudes
inúteis, nenhum vício.
tudo me faz parecer só,  triste e banal.


mas
esta cidade, com
sua falta de luz e água,
seu trânsito louco,
suas pessoas rudes e ignorantes
seus políticos pilantras
seus prédios caindo
sua existência plagiária da do Rio de Janeiro
seus intelectualóides oportunistas
“só tem tu, vai tu mesmo, meu filho”
suas drogas na porta dos colégios,
seus cães e gatos largados em bueiros para
morrer,
prefiro ser como sou a existir nela e com ela.

as estrelas saltitam lá no alto, 
nuvens são terços e rosários, moedinhas.
um sinal de dignidade, que eu vejo da sarjeta.
serena semana santa , senhora sem sabor.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

histórias


Silenciosas as letras repousam,
contam histórias que queremos saber,
fatos e fantasias pelo ar voam
pousando como aves no papel a tremer

Avanda, rainha chamada
Ael Qamar Ael Ahmar
ou seja, lua vermelha

Harry Truine, o mago
que não acreditava em magia
pois precisava de dinheiro

Emily LeSage a brava menina
que brincava com o gato Sirop
e a cachorra Phiphi

Capocchio, o velho alquimista
que subiu numa escada para o céu

Aquele marquês cujo nome não lembro
internado no hospício de Charenton...

o boneco Godenot, que era medroso,
e seu dono, Roderick Deny.


Ah, são todas histórias
que eu queria contar a você
velhas e doces memórias
Vivendo do Tempo à mercê.

mãe escarlate


ter o que não tenho
não ter o que tenho
é subir, descer
a mesma escada
é fingir e fugir
com lábios e mente

serena ansiedade
frio de queimadura
grudenta caridade
faísca lá na altura

providência, ruela do destino
amuleto estranho, cruz obsoleta
ferro pagão, virgem asceta
mãe escarlata do deus menino.