compus este belo soneto
pros fãs do obscuro e do obsoleto
que por ignóbeis ranhuras
observam formas impuras.
o céu não é avenida:
é só esquinas e becos
de onde o albatroz sem vida
retorna com tristes ecos.
a tinta da pena regela
a mente morfiniza
meu diamante esfacela:
por esta antiga porta
só entram e saem desnudos
vazios, que o Vazio comporta.

Nenhum comentário:
Postar um comentário