não confio num deus
que não sente dor, não se cansa
e não tem culpa ou remorso...
e que é viciado em jogos.
se você brinca com uma criança, terá
de ser sacrificado, é a lei.
submetidos à ironia da luz e da treva
prosseguimos defendendo nossa causa suicida.
a consciência tem sede de conhecimento
e já secamos quase todos os rios,
em predadora angústia
em alienante exacerbação
do ego
em vertiginosa negação da
nossa interdependência.
o que conquistamos esquecemos,
o que sonhamos passa,
somos só o que temos,
e o que temos acabou,
restando só o centro imaterial insensível
acausal desconectado vazio, sem círculo.
-ei, sai daí, é a minha vez na gangorra!, disse
o recém-chegado.
o recém-chegado.

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