domingo, 27 de fevereiro de 2011
borboleta negra
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
história da princesa fantasma
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
beije o eclipse
o espelho te promete,
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
vale a pena
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
flores malucas
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
desvendando a desventura
o céu estar sempre sobre nós,
a sós?
Aquela cara azul de artista
fitando nossas cabeças baixas
somos corpúsculos observados
por um cientista através da
câmara de nuvens.
o gótico céu derrama
um futuro que não quer-emos.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
osmose
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
01
o uno e o múltiplo
circum-referenciados
a sequência binária
tudo e/ou nada
o tempo é um número
de infinitos algarismos
de onde ele começa a crescer?
princípio, meio ou fim?
as flores, sem as pétalas, seriam
incontáveis
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
moça com unicórnio

os tons cinzentos do crepúsculo
passam e escondem as estrelas
nosso ninho é pequeno e sujeito
ao perigo do vazio que nos cerca
nós mesmos somos vazios
de lábios frios como mármore
nossa existência é pouca
nossos sonhos caem gota a gota
das pétalas mortas de uma absurda flor
o que digo não é triste nem alegre.
se a verdade existe, é como um livro
de um autor que quer enganar,
como os dos livros de Direito
e das grandes religiões.
nas caminhadas que fazíamos
não dizíamos palavras doces;
identificávamos na paisagem
coisas e padrões que nos
profetizavam felizes.
nada mudou no nosso silêncio.
estamos distantes e esquecidos
de como os pores-do-sol cinza
duravam muito muito tempo.
e de como era especial
ver quando a lua surgia
por trás de nosso ninho.
como que refletidos no universo
estamos preenchidos de estranheza.
o ritual do poente é insone;
não há glória em saber e morrer.
o não-ser se converte em horas
diante da TV.



