o sol se fecha como uma janela
uma dona de casa invisível varreu as nuvens
o pai esqueceu de desligar a televisão, e
o filho espalhou todos os brinquedos pela sala.
a noite desliza pela cozinha limpa
até encontrar um ninho debaixo da pia.
é onde a filha gosta de guardar sua boneca.
se eu não tivesse prova amanhã, sairia.
meu quarto é um limbo, minha atitude sumiu
discos feitos de resto de luz escondem o
computador e você... bem, você não vem estudar
comigo, pois é deveras inteligente.
fico esperando o telefone tocar,
não ouço música.
o caderno de poesias
só tem teu nome...
todos os dias.
o espelho te promete,
o espelho te promete,
a lua surge e os livros dormem.
de repente ouço tua respiração vindo do sótão.
(obrigado ao My Bloody Valentine)

Nenhum comentário:
Postar um comentário