para lá das ilhas
sei que tu vives
é de onde os céus vermelhos
se aproximam.
o coração sofre
uma quebra de simetria
e o universo todo
acompanha.
o silêncio é um oceano
que sonha.
invado teus abismos
toda hora, sem saber,
com meus desejos.
queria beijar tuas duas
flores cor de rosa e de terra
e atracar teu porto escondido
com minha nau que tuas ondas
já umedecem.
no final o tempo não se opõe ao
nosso júbilo e cessa. não és mais
muralha, e nada nos circunda. só agora
os lábios emitem trinos de gaivota.

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