só,
sem aura,
pelas noites quentes
e cheias de mosquitos
passeias tu, anjo deprimido.
não tens carinho,
não custodias ninguém.
choras pétalas vermelhas...
pelas noites em que
o mórbido sino do tempo
resvala doente
do vazio da basílica,
do vazio da basílica,
cheia de fantasmas.
não anuncias nem lutas
és (a)traído pelas miragens e labirintos
da vida humana,
seus sacrifícios,
nulidades
e
vivos epitáfios.
pombos e canarinhos desconfiam
desta ave incolor
pombos e canarinhos desconfiam
desta ave incolor
horas e horas
de indefinida madrugada
te separam de mim,
triste serafim sem chamas.

Nenhum comentário:
Postar um comentário