tens o perfume d’universo...
da modesta flor inexistente
do jardim em caos submerso;
lá a abelha d’alma vai de mente em mente.
leio da página incolor, doce e leve,
do livro pagão triste e severo:
“não é a vida enfim mais que o entrevero
das coisas a mudar, babel tão breve?”
sabes que é verdade o que te digo,
a existência nossa é orvalho puro
símbolo ou totem novo e antigo...
incenso que flui de altar escuro.

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