a filosofia que nada tem com a vida
aquela noite em que te perdeste
o que deixaste ou desconheceste
são o toque desta hóstia fria
na quente língua de quem sofria
nada é tão doce quanto a sombra é
para o viajante que leve pé
até a catedral só de ossos feita;
ou as danças da época de colheita.
amiga, este mundo é tão fundo
o tempo tão ranhoso, imundo...
nos lagos nos alpes nas terras da sorte
portas mensagens do sul ao norte
mas eu, luz, agora não sinto mais graça
pois os templos caem, o fim ameaça
angústia tornada a orla do céu:
confins e desmundos a granel.
só os tontos temem o juízo...
é a entrada abrupta no paraíso.

Nenhum comentário:
Postar um comentário