sou insuperável pressuposto
desprestigiado existir
tentativa desvencilhada do devir
posso tudo na descrença
desinteressada
quando planejo não existe
providência
a realidade cai, bêbada.
quero amar o impossível
desalojar a verdade
pela moderna lei sou
executado a priori
meu espólio
vendido a granel.
não me restam nem dúvidas
nas veias do meu discurso:
fluem a serena dor
e a ardente alegria
da interletra
do internúmero
suprimindo-se
extraditando-se.
por mais patente que seja
meu ateísmo, queimo-me
das fagulhas do crer
por que assim faz toda a gente.
desacordado conservo-me
vigilante, num estado
de graça malcontente
vivo em inconveniência
discuto-me enquanto vivência
....
(transcendência? são histórias para boi-dormência)
....
(transcendência? são histórias para boi-dormência)

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