tempo dos castelos de sonhar
meus brinquedos pelo ar
enganando o que fui, o que sou e o que resta.
sabes que quero teus segredos
teus recifes de enredos
mas não tanto quanto o corpo teu em festa.
por que não moras perto de mim
bem agora, longe que estou do fim
a girar planetas e carrosséis,
soldados e cavaleiros andantes
magos e bruxos velhos como dantes
belas princesas, reis e menestréis?
à hora que o sol bate nos palácios de Espanha
e nos teatros gregos sacodem as teias de aranha
ardo de pensar em te ter, colombina.
danças no ritmo de primevos mistérios
descobres tua nudez, ris de olhos sérios...
eu sei que és, numa só, deusa e menina.

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