não sei como me penso
ninguém me ensina a sentir
a alegoria do homem é o porvir
no presente o vazio é imenso.
de onde vim? também é dúvida
o letes tão fundo e tenebroso
tomou-me do passado a quente ermida
e onão lembrar-me é doce e honroso...!
os tempos três em prosa e verso
são falhos, e eu, cínico e astuto
tendo a tirá-los do desfruto
da língua, esse fogo disperso
(essa lira ofegante... esse mercúrio vário).
ser poeta e escrever é um bel rosário...
de dores e castigo, amálgama do inferno.
Pena e Papel, amigo, um suicídio eterno.
Pena e Papel, amigo, um suicídio eterno.

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