desvencilhado de eras e açoites do tempo, imaginado para a glória dos engolidos filhos de Cronos, o imolado, o solitário, o de muitas vestes, Barteloh, o grande, ergueu-se do seu trono na cidadela de Ur-rh. Seus guardiões aos poucos desceram das terras de Nod para adorá-lo e protegê-lo, pois a hora era chegada, a hora em que ele, Barteloh, o severo, o omnipotente, jogaria mais uma vez os seus dados para reiniciar o jogo ancestral. Oxtu, do Fogo, soprou sobre os pequenos hexaedros do destino. Hoggoh, da Água, estendeu a toalha no piso da Fortaleza e Jahamot, do Ar, ordenou que os ventos calassem para não alterar o resultado da justa. então o multioculado, o de braço pesado, Barteloh, o grande, jogou os cubos do poder.
com um único salto, o Lobo Hanfril, que a tudo observara secretamente, e que há poucos instantes tinha chegado das Terras Geladas de Arimaspea, agarrou com os dentes as sólidas peças feitas dos ossos do deus Jmir. e pôs-se a correr em círculos, e a voar, e a desaparecer... as sete pedrinhas ebóreas ganharam moto próprio, e começaram a orbitar o trono de Barteloh, o circunciso, o grande. A saliva de Hanfril criou os homens nos novos planetas que nasciam. E Oxtu, Hoggoh e Jahamot deram-se as mãos e louvaram o acontecido, o reinício do Universo.
e eu, Felix, o Albino, aqui deixo testemunho desta maravilha, em nome de Barteloh, o Pai Céu, o de unidas sobrancelhas, o grande.

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