fada, te guardei num frasco de perfume
és pequena, nervosa, e verde é o teu lume.
às vezes te sentas e com as mãos no queixo
sussurras, queres saber se não te deixo.
tens lugar no porão, numa velha prateleira.
sei que tua natureza não é de prisioneira.
estás tão fraca pra voar, belo serzinho...
como faço pra dizer... não sou mesquinho?
esguelhas, vibras, coças os olhos e a cabeça
se eu te deixar ir, quero que não esqueça:
voe longe, que na terra e no céu a ordem inexiste.
mas... quebraste o vidro teu, já te sumiste!

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