meu toque mágico te despertou como se apagasse uma palavra da primeira página do livro que todos os dias eu escrevo para mim mesmo. apagamos palavras para que se tornem realidade. olhando os livros da minha estante penso em outros. os que estão aqui, indefesamente alinhados, temem os meus olhos, um em forma de sol, o outro em forma de lua. o temor dos livros é este: nossa dualidade. quando comecei a escrever pensei que os esqueceria. mas, não. todos os dias uma passagem do meu livro enfrenta 20000 léguas submarinas, viaja para Liliput, luta com bucaneiros, encara os leões no coliseu, é acusada de um crime que não cometeu ou encontra o santo graal. pequenas peças de papel, cola e barbante tomam vida diante de uma platéia de focos de luz colorida- lanternas cobertas de papel celofane. que têm poder sobre a vida e a morte, o dia e a noite, a memória e o esquecimento, o branco e o preto.
domingo, 19 de junho de 2011
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