a linguagem regride
sou belo ou feio?
forte ou fraco?
sábio ou tolo?
o que interessa não surgiu
o eu que é tudo isso.
desafio todo mundo a provar
que este eu é- ou não- causa ou
consequência de alguma outra coisa;
pois se ele é, o argumento vale ad infinitum
e, se não é, também.
o eu não é base, nem centro, nem arremate,
emenda, nem fim. nem não é.
sua existência ou inexistência é indiscutível.
não é feito ou desfeito de sonhos,
amor, imaginação.
não é de minha especialidade.
como continuo tão aferrado a ele?
“eu, sem apegos, estou além da miséria. O Nirvana é meu.” aqueles que assim pensam têm grande dependência e apego.
Nagarjuna, Versos fundamentais sobre o Caminho do Meio.

Nenhum comentário:
Postar um comentário