o infinito,
a incômoda almofada
subjetiva
em que repousas,
poeta, só te dá
pesadelos.
de cabelos noturnos,
mãos de meia-noite,
marulhos,
o Kraken,
Circe...
queres ser o senhor dos sorrisos
mas és escravo das máscaras,
bifurcações, portais, poços,
calabouços, bestas e labirintos.
um pouco bruxo e um pouco padre
venerável e vagabundo
o fantasma do fundo do palco
enfadonho palhaço
tolo suspenso da árvore,
tardo e morto.
não despertas, ó alienado
deste leito do mundo
desbatizado,
não te procuras
melhor bocado?

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